Las elecciones presidenciales de Ecuador 2025: ¿Realineamiento y bipartidismo sin partidos?

Abstract

Las elecciones presidenciales de 2025 en Ecuador marcaron la tercera derrota consecutiva del correísmo en segunda vuelta, pese al alto desempeño de su candidata, Luisa González, en la primera ronda. Este artículo analiza las dinámicas electorales que condujeron a la victoria de Daniel Noboa y explora sus implicaciones para el sistema de partidos ecuatoriano. Primero, sostenemos que el correísmo parece haber alcanzado un techo electoral en la primera vuelta, lo que limitó su capacidad de crecimiento en la segunda. Segundo, demostramos que el voto indígena continúa siendo heterogéneo. Tercero, argumentamos que la política ecuatoriana se ha reconfigurado en torno a dos grandes bloques -correísta y anticorreísta- representados por movimientos personalistas, lo que ha dejado atrás el multipartidismo característico de décadas anteriores sin fortalecer institucionalmente el sistema de partidos. En conjunto, las elecciones reafirman la centralidad polarizadora de Rafael Correa y sugieren no un realineamiento estable, sino el afianzamiento de la polarización bajo estructuras partidistas frágiles, con implicaciones preocupantes para la calidad y estabilidad de la democracia ecuatoriana.

The 2025 presidential elections in Ecuador marked the third consecutive defeat of correísmo in a runoff, despite the strong performance of its candidate, Luisa González, in the first round. This article analyzes the electoral dynamics that led to Daniel Noboa’s victory and explores their implications for Ecuador’s party system. First, we argue that correísmo appears to have reached its electoral ceiling in the first round, limiting its capacity for growth in the second. Second, we show that the indigenous vote remains heterogeneous. Third, we contend that Ecuadorian politics has been reconfigured around two major blocs -correísta and anti-correísta- represented by personalist movements, leaving behind the multiparty system characteristic of previous decades without producing any institutional strengthening of the party system. Taken together, the elections reaffirm Rafael Correa’s polarizing centrality and suggest not a stable realignment, but rather the entrenchment of polarization within fragile party structures, with troubling implications for the quality and stability of Ecuadorian democracy.

As eleições presidenciais de 2025 no Equador marcaram a terceira derrota consecutiva do correísmo em segundo turno, apesar do bom desempenho de sua candidata, Luisa González, no primeiro turno. Este artigo analisa as dinâmicas eleitorais que levaram à vitória de Daniel Noboa e explora suas implicações para o sistema partidário equatoriano. Em primeiro lugar, argumentamos que o correísmo parece ter alcançado um teto eleitoral no primeiro turno, o que limitou sua capacidade de crescimento no segundo. Em segundo lugar, mostramos que o voto indígena continua sendo heterogêneo. Em terceiro lugar, sustentamos que a política equatoriana foi reconfigurada em torno de dois grandes blocos - correísta e anticorreísta - representados por movimentos personalistas, deixando para trás o multipartidarismo característico das décadas anteriores, sem que isso tenha fortalecido institucionalmente o sistema de partidos. Em conjunto, as eleições reafirmam a centralidade polarizadora de Rafael Correa e sugerem não um realinhamento estável, mas sim o enraizamento da polarização em estruturas partidárias frágeis, com implicações preocupantes para a qualidade e a estabilidade da democracia equatoriana.