¿Cómo inciden las relaciones intergubernamentales en los modelos de gestión de los gobiernos sub-nacionales? Análisis comparativo de las intendencias de Paysandú y Cerro Largo de Uruguay (2005-2020)

Abstract

Uruguay transita una agenda de descentralización que requiere fortalecer las capacidades estatales subnacionales y propiciar nuevas relaciones intergubernamentales (RIG) en los diversos campos de políticas públicas. En este contexto, el presente artículo busca responder la siguiente pregunta: ¿bajo qué condiciones las intendencias departamentales implementan modalidades de gestión discrecionales, tradicionales, o en cambio, logran avanzar hacia modelos más profesionalizantes orientados por la gobernanza local? Se plantea que cuando los esquemas de RIG son fuertes se generan incentivos para que las intendencias apliquen modelos de gestión formalizados, estratégicos, y en mayor medida orientados por resultados. Al contrario, cuando las RIG son débiles, los modelos de gestión son más informales y generan condiciones para una mayor discrecionalidad.

Uruguay is undergoing a decentralization agenda that requires the strengthening of subnational state capacities and the promotion of new intergovernmental relations (IGR) in various public policy areas. In this context, this article seeks to answer the following question: under what conditions do departmental governments implement traditional, discretionary management modalities or, on the other hand, are they able to move towards more professionalized models oriented towards local governance? It is suggested that when IGR systems are strong, they create incentives for departments to adopt formalized, strategic and, to a greater extent, results-oriented management models. Conversely, when IGR is weak, management models are more informal and create conditions for greater discretion.

O Uruguai está avançando em uma agenda de descentralização que exige o fortalecimento das capacidades estatais subnacionais e a promoção de novas relações intergovernamentais (RIG) nos diversos campos das políticas públicas. Neste contexto, este artigo procura responder à seguinte questão: em que condições os governos departamentais implementam modalidades de gestão tradicionais e discricionárias ou, em vez disso, conseguem avançar para modelos mais profissionalizantes orientados pela Governança local? Propõe-se que quando os esquemas RIG são fortes, são gerados incentivos para que os governos departamentais apliquem modelos de gestão estratégicos formalizados e, em maior medida, orientados para os resultados. Pelo contrário, quando as RIG são fracas, os modelos de gestão são mais informais e criam condições para uma maior discricionariedade.