Condiciones laborales y salud en residentes y posgrados médicos, Uruguay 2024

Abstract

Introducción: Existe experiencia de que los profesionales de la salud, incluidos los médicos especialistas en formación, están expuestos a diversos factores de riesgo laborales que afectan su salud y bienestar. Objetivo: Analizar las condiciones laborales de residentes y posgrados médicos en Uruguay y su impacto en la salud en 2024. Metodología: Se realizó un estudio observacional descriptivo de corte transversal utilizando una muestra por conveniencia. Se aplicó una encuesta web autoadministrada a médicos residentes y posgrados, recopilando datos sociodemográficos, percepción de salud y condiciones laborales. Se utilizó el Maslach Burnout Inventory para detectar presencia de Síndrome de Burnout y el Goldberg General Health Questionnaire versión 28 para la autopercepción de salud. Resultados: Se obtuvieron 454 respuestas, 343 fueron residentes, representando 32,9% del total de residentes activos. Los principales factores de riesgo laborales identificados fueron de naturaleza psicosocial (86,3%), la falta de espacios de bienestar (60,6%) y los riesgos biológicos (51,1%). La mediana de horas de trabajo semanal en el cargo como residente y por fuera de este fue de 52,0 y 20,0 horas respectivamente. El 21% no tenía día libre en la semana y 35,9% no disponía de fines de semana libres al mes. Un 58,6% percibían violencia de tipo psíquica y el 20,7% presentó Síndrome de Burnout. Conclusión: Sería relevante un abordaje de la organización de los tiempos de trabajo y descanso, la mejora de los espacios laborales y de bienestar del equipo de salud y la generación de espacios de contención emocional colectiva e individual.

Introduction: There is evidence that healthcare professionals, including medical specialists in training, are exposed to various occupational risk factors that affect their health and well-being. Objective: To analyze the working conditions of medical residents and postgraduates in Uruguay and their impact on health in 2024. Methodology: A cross-sectional descriptive observational study was conducted using a convenience sample. An online self-administered survey was applied to medical residents and postgraduates, collecting sociodemographic data, health perception, and working conditions. The Maslach Burnout Inventory was used to detect the presence of Burnout Syndrome, and the Goldberg General Health Questionnaire version 28 was used for self-perception of health. Results: A total of 454 responses were obtained, with 343 being residents, representing 32.9% of the total active residents. The main identified occupational risk factors were psychosocial in nature (86.3%), lack of wellness spaces (60.6%), and biological risks (51.1%). The median weekly working hours in the resident position and outside of it were 52.0 and 20.0 hours, respectively. 21% did not have a day off during the week, and 35.9% did not have weekends off per month. 58.6% reported experiencing psychological violence, and 20.7% presented with Burnout Syndrome. Conclusion: It would be relevant to address the organization of work and rest times, improve workplace and wellness spaces for the healthcare team, and create spaces for collective and individual emotional support.

Introdução: Há evidências de que os profissionais de saúde, incluindo especialistas médicos em formação, estão expostos a vários fatores de risco ocupacional que afetam sua saúde e bem-estar. Objetivo: Analisar as condições de trabalho dos residentes médicos e pós-graduados no Uruguai e seu impacto na saúde em 2024. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional descritivo transversal utilizando uma amostra de conveniência. Foi aplicada uma pesquisa online auto-administrada a residentes médicos e pós-graduados, coletando dados sociodemográficos, percepção de saúde e condições de trabalho. O Inventário de Burnout de Maslach foi utilizado para detectar a presença da Síndrome de Burnout, e o Questionário de Saúde Geral de Goldberg versão 28 foi utilizado para a auto-percepção de saúde. Resultados: Um total de 454 respostas foi obtido, sendo 343 residentes, representando 32,9% do total de residentes ativos. Os principais fatores de risco ocupacional identificados foram de natureza psicossocial (86,3%), falta de espaços de bem-estar (60,6%) e riscos biológicos (51,1%). A mediana das horas de trabalho semanais na posição de residente e fora dela foi de 52,0 e 20,0 horas, respectivamente. 21% não tinham um dia de folga durante a semana, e 35,9% não tinham fins de semana de folga por mês. 58,6% relataram ter experienciado violência psicológica, e 20,7% apresentaram Síndrome de Burnout. Conclusão: Seria relevante abordar a organização do trabalho e dos tempos de descanso, melhorar os espaços de trabalho e bem-estar para a equipe de saúde e criar espaços para apoio emocional coletivo e individual.