Percepción de la formación en ultrasonido obstétrico-ginecológico de residentes de la Unidad Académica Ginecotocológica “A”de la UDELAR

Abstract

Introducción: La formación en ecografía para residentes de ginecología y obstetricia presenta desafíos significativos. La variabilidad en los programas de capacitación, la falta de estándares definidos para la evaluación de competencias es una dificultad a afrontar, sumado a la capacidad de los servicios para la formación universal. Desde 2022 se implementa en la UA Ginecotocología A un plan piloto de formación en ultrasonido para residentes y posgrados. El objetivo de este estudio fue determinar la percepción de residentes y posgrados de la UA Ginecotocológica “A” sobre el impacto de la aplicación de un programa de formación curricular en ultrasonido. Metodología: Se realizó un estudio observacional, cuasi-experimental, pre-post sin grupo control del programa de formación en ecografía mediante instrumento de recogida de datos, específicamente diseñada para este estudio, no validado previamenteResultados: Se incluyeron 21 residentes, 8 de primero, 6 de segundo y 7 de tercero con una mediana de edad de 29,6 años. Se evaluó la percepción de los mismos en cuanto a las destrezas nivel 1 en ecografía, que incluyen: medición de útero, anexos y longitud cervical, diagnóstico de embarazo intrauterino, realización de biometría fetal así como evaluación de líquido amniótico y placenta. La intervención mostró un impacto estadísticamente significativo en la autopercepción de competencias ecográficas en todos los parámetros observados ( p < 0.001). Conclusiones: La incorporación de programas estructurados de formación en ecografía dentro del currículo de la especialidad en ginecología y obstetricia mejora la percepción de competencia por parte de los residentes, consolidándose como una herramienta educativa esencial para el desarrollo profesional.

Ultrasound training for obstetrics and gynecology residents presents significant challenges. Variability in training programs and the lack of defined standards for competency assessment remain key issues, compounded by the limited capacity of clinical services to provide universal training. Since 2022, the Academic Unit of Gynecotocology “A” has implemented a pilot ultrasound training program for residents and postgraduate trainees.Objective: To assess the perception of residents and postgraduate trainees from the Academic Unit of Gynecotocology “A” regarding the impact of implementing a curricular ultrasound training program.Methodology: An observational, quasi-experimental, pre-post study without a control group was conducted to evaluate the training program. Data were collected using a purpose-designed instrument developed specifically for this study, which had not undergone prior psychometric validation.Results: A total of 21 residents were included: 8 from the first year, 6 from the second, and 7 from the third, with a median age of 29.6 years. Participants’ perceptions were assessed regarding Level 1 ultrasound skills, including uterine and adnexal measurements, cervical length, diagnosis of intrauterine pregnancy, fetal biometry, and evaluation of amniotic fluid and placenta. The intervention demonstrated a statistically significant impact on self-perceived ultrasound competencies across all evaluated parameters (p < 0.001).Conclusions: The integration of structured ultrasound training programs into the obstetrics and gynecology residency curriculum enhances residents’ perceived competency, positioning ultrasound education as a key component in professional development.

Introdução: O treinamento em ultrassonografia para residentes de obstetrícia e ginecologia apresenta desafios significativos. A variabilidade nos programas de treinamento e a falta de padrões definidos para avaliação de competências são dificuldades a serem abordadas, além da capacidade limitada dos serviços de saúde para fornecer treinamento universal. Desde 2022, um programa piloto de treinamento em ultrassonografia para residentes e pós-graduandos vem sendo implementado na Unidade A de Ginecologia e Obstetrícia.O objetivo deste estudo foi determinar as percepções de residentes e pós-graduandos da Unidade A de Ginecologia e Obstetrícia sobre o impacto da implementação de um programa curricular de treinamento em ultrassonografia.Metodologia: Foi realizado um estudo observacional, quase-experimental, pré-pós, sem grupo de controle, sobre o programa de treinamento em ultrassom, utilizando um instrumento de coleta de dados especificamente desenvolvido para este estudo, que não havia sido previamente validado.Resultados: Vinte e um residentes foram incluídos (8 do primeiro ano, 6 do segundo ano e 7 do terceiro ano), com idade mediana de 29,6 anos. Sua autopercepção das habilidades em ultrassonografia de Nível 1 foi avaliada, incluindo a mensuração do útero, anexos e comprimento do colo do útero; o diagnóstico de gravidez intrauterina; a realização de biometria fetal; e a avaliação do líquido amniótico e da placenta. A intervenção demonstrou um impacto estatisticamente significativo na autopercepção das habilidades em ultrassonografia em todos os parâmetros (p < 0,001).Conclusões: A incorporação de programas estruturados de treinamento em ultrassonografia no currículo da especialidade em ginecologia e obstetrícia melhora a percepção de competência dos residentes, consolidando-se como uma ferramenta educacional essencial para o desenvolvimento profissional.