El ideal de autonomía moral

Abstract

En este ensayo planteo algunos elementos constitutivos del ideal de autonomía moral, que resulta un presupuesto central de las prácticas sociales centradas en la imputación normativa, fundamentalmente la moral y el derecho. Parto de una concepción constructivista de la normatividad, tomando como elemento esencial y no reductible a las razones, y me centro en los rasgos conceptuales que caracterizan a las razones morales dentro del dominio normativo. Posteriormente, desarrollo una idea de la autonomía moral basada en la auto-constitución que incluye tres propiedades fundamentales: la posibilidad de responder a razones fundadas en expectativas sociales compartidas; la responsabilidad por cierto ámbito de acciones, según el conjunto de razones de que dispone el sujeto y hasta el punto en que pueda ampliarlas, y la necesidad de conservar la autonomía como finalidad que unifica el conjunto de acciones autónomas de los agentes morales.

Some elements of the ideal of moral autonomy are discussed in this paper. Such ideal is a key assumption in social practices focused on normative imputation, particularly morality and law. First, a constructivist conception of normativity is introduced, taking reasons as an essential and non-reducible element, and focused on the conceptual features of moral reasons within the normative domain. Then, an idea of moral autonomy based on the self-constitution is developed including three key features: the possibility of responding to reasons based on shared social expectations; the responsibility for certain scope of actions, according to a set of reasons available to the individual and to their maximum extent of expansion; and the need to preserve autonomy as a purpose unifying the set of autonomous actions of moral agents.

Neste ensaio apresento alguns elementos constitutivos do ideal de autonomia moral, que é um pressuposto central das práticas sociais com foco na imputação normativa, fundamentalmente na moral e no direito. Partindo de uma conceição construtivista da normatividade, tomo como elemento essencial e não redutível às razões, e focalizo-me nos aspectos conceituais que caracterizam as razões morais dentro do domínio normativo. Posteriormente, desenvolvo uma idéia da autonomia moral baseada na auto-constituição que inclui três propriedades fundamentais: a possibilidade de responder a razões fundadas em expectativas sociais compartilhadas; a responsabilidade por determinado âmbito de ações, segundo o conjunto de razões que dispõe o sujeito e até o ponto em que ele possa ampliá-las, e a necessidade de preservar a autonomia como finalidade que unifica o conjunto de ações autônomas dos agentes morais.