Estereotipos de género y práctica jurídica

Abstract

Como apertura de este primer panel del Taller sobre Estereotipos de género, es preciso ratificar la pertinencia de la mirada de género en al ámbito jurídico. El género, como una categoría posible de análisis de la práctica jurídica, permite –entre otros descubrimientos– advertir la incidencia de estereotipos de género en la creación, interpretación y aplicación normativa. Investigaciones previas han mostrado cómo preconcepciones adquiridas –internalizadas sin analizar su valor de verdad o corrección moral– condicionan nuestras vivencias y comprensión del mundo social. En particular, los estereotipos de género, como “grupo estructurado de creencias sobre los atributos personales de mujeres y hombres” operan como trasmisores de la ideología de género dominante en nuestras culturas de origen patriarcal y, de ese modo a veces inadvertido, la reproducen en normas constitucionales y legales, en la actividad académica dedicada a interpretar y reconstruir el sistema normativo, y en la toma de decisiones sobre casos individuales, donde las preconcepciones de los distintos operadores trabajan silenciosamente. De ahí la necesidad de descubrir y discutir sobre los estereotipos de género, de proceder al análisis crítico de enunciados normativos, propuestas doctrinarias y decisiones adoptadas para rechazar la influencia de visiones estereotipadas que afecten derechos fundamentales de las personas.

As the opening of this first panel of the Workshop on Gender Stereotypes, it is necessary to ratify the relevance of the gender perspective in the legal field. Gender, as a possible category of analysis of legal practice, allows –among other discoveries– to warn of the incidence of gender stereotypes in the creation, interpretation and normative application. Previous research has shown how acquired preconceptions –internalized without analyzing their truth value or moral correctness– condition our experiences and understanding of the social world. In particular, gender stereotypes, such as "structured group of beliefs about the personal attributes of women and men" operate as transmitters of the dominant gender ideology in our cultures of patriarchal origin and, in this way, sometimes inadvertently, reproduce it in constitutional and legal norms, in the academic activity dedicated to interpreting and rebuilding the normative system, and in decisionmaking on individual cases, where the preconceptions of the different operators work silently. Hence the need to discover and discuss gender stereotypes, to proceed to the critical analysis of normative statements, doctrinal proposals and decisions made to reject the influence of stereotyped views that affect fundamental rights of people.

Como abertura deste primeiro painel do Workshop sobre Estereótipos de Gênero, é necessário ratificar a relevância da perspectiva de gênero no campo jurídico. O gênero, como possível categoria de análise da prática jurídica, permite –entre outras descobertas– alertar para a incidência de estereótipos de gênero na criação, interpretação e aplicação normativa. Pesquisas anteriores mostraram como os preconceitos adquiridos –internalizados sem analisar seu valor de verdade ou correção moral– condicionam nossas experiências e compreensão do mundo social. Em particular, estereótipos de gênero, como "grupo estruturado de crenças sobre os atributos pessoais de mulheres e homens" operam como transmissores da ideologia de gênero dominante em nossas culturas de origem patriarcal e, dessa forma, às vezes inadvertidamente, reproduzemna de forma constitucional e as normas jurídicas, na actividade académica dedicada à interpretação e reconstrução do sistema normativo, e na tomada de decisões sobre os casos individuais, onde funcionam silenciosamente os preconceitos dos diversos operadores. Daí a necessidade de descobrir e discutir os estereótipos de gênero, para proceder à análise crítica dos enunciados normativos, propostas doutrinárias e decisões tomadas para rejeitar a influência de visões estereotipadas que afetam os direitos fundamentais das pessoas.