Géneros y Justicia: el género de la “cultura institucional interna” en la Corte Suprema argentina

Abstract

El trabajo ofrece una revisión del género en el trabajo interno o la “cultura institucional” de la Corte Suprema argentina. Dentro de los estudios sobre género y justicia, se ocupa de un extremo subexplorado que se encuentra en el punto intermedio entre los trabajos sobre acceso a la justicia y aquellos que analizan las sentencias. Dentro de los estudios sobre el rol de los altos tribunales, avanza sobre un ámbito aún sin definición certera o fuentes de estudio claras: la “cultura institucional interna”, “cultura de las cortes”, “trabajo interno de los tribunales” (Kapiszewsky, 2010). Para ello, se analizan y definen como fuentes las Acordadas y resoluciones de superintendencia de la Corte argentina dictadas entre 2004-2020. En base a ellas, se recorren preguntas en torno al género del staff de trabajo, el impacto de género del régimen laboral, las políticas de cuidado existentes, la organización interna, y los métodos de toma de decisión. El objetivo entonces, es ofrecer un panorama del género en la actividad no jurisdiccional que lleva adelante la Corte junto a las tareas de resolución de casos que han acaparado hasta el momento la atención doctrinaria, y brindar un marco para analizar esa zona aún subexplorada.

This paper offers an analysis of the gender in the “internal culture”, “court culture” or the “internal work” of the argentine Supreme Court. It explores an underexamined area in “gender and justice” studies, and in works that focus on the role of high courts: the intermediate space between access to justice and the final decisions. For that purposes, it defines and uses as sources the “acordadas” y “resoluciones de superintendencia” of the Supreme Court and reviews questions about the gender of staff, labour regulation and care politics, internal structure and organization, and decision-making processes.

A obra oferece uma revisão do gênero no trabalho interno ou na “cultura institucional” do Supremo Tribunal da Argentina. Nos estudos sobre gênero e justiça, trata-se de um extremo pouco explorado que se encontra no meio entre os trabalhos sobre acesso à justiça e os que analisam sentenças. Dentro dos estudos sobre o papel dos tribunais superiores, avança em uma área ainda sem uma definição precisa ou fontes claras de estudo: a “cultura institucional interna”, “cultura dos tribunais”, “trabalho interno dos tribunais” (Kapiszewsky, 2010). Para tanto, são analisadas e definidas como fontes as Resoluções Pactuadas e da Superintendência da Corte Argentina emitidas entre 2004-2020. A partir de las, questionam-se sobre o gênero da equipe de trabalho, o impacto de gênero do regime de trabalho, as políticas de cuidado existentes, a organização interna e os métodos de tomada de decisão. O objetivo, então, é oferecer um panorama de gênero na atividade não jurisdicional desenvolvida pela Corte, juntamente com as tarefas de resolução de casos que até agora receberam atenção doutrinária, e fornecer um marco para a análise dessa área ainda pouco explorada.