Saberes en juego en una práctica extensionista : construcciones comunes entre una cooperativa integrada por personas privadas de libertad y acompañantes universitarixs

Abstract

Tomando como insumo la etnografía realizada con objeto de la escritura de la tesis, pero realizando el recorte que demanda un artículo, me centraré en reconstruir tres puntos que dan cuenta de aspectos vinculados a la dimensión comunicativa, y que resultan ejemplos paradigmáticos de dimensiones constitutivas del vínculo entre cooperativistas y acompañantes, los cuales nos permiten advertir las huellas institucionales de la cárcel y la universidad en el modo de trabajo conjunto con la intención de advertir cómo se articulan, potencian o complejizan la relación en el marco de la experiencia extensionista. Asimismo, en las reuniones de producción los saberes jerarquizados se invertían en relación a los días de reunión general, y también el rol de lxs sujetxs. Lxs cooperativistas detentaban cierta autoridad en estos días, marcándose una asimetría en torno al saber que se construía de modo situacional y contextual – los días de producción primaban los saberes en torno a la tela, a diferencia de los días de reunión general, en los que primaba la palabra-, lo cual nos permite entender que los conocimientos que se ponen a dialogar deben ser comprendidos en vínculo con sus condiciones de enunciación y según el contexto. Son las diferencias las que se constituyen en punto de contacto y que deben hacerse inteligibles para el diálogo y trabajo con otrxs, las cuales pueden ser entendidas como saberes prácticos que se entrelazan con otros saberes en la experiencia, o en el “mientras tanto” se buscan otros diálogos de saberes conceptuales.

Tomando como aporte a etnografia realizada para a redação da tese, mas fazendo o recorte que um artigo exige, vou me concentrar em reconstruir três pontos que dão conta de aspectos relacionados à dimensão comunicativa, e que são exemplos paradigmáticos de dimensões constitutivas do vínculo entre cooperados e acompanhantes, que permitem perceber os traços institucionais da prisão e da universidade no modo de trabalho conjunto com a intenção de perceber como a relação se articula, se fortalece ou se complexifica no âmbito da experiência de extensão. Da mesma forma, nas reuniões de produção, os saberes hierarquizados se inverteram em relação aos dias da assembléia geral, e também o papel dos sujeitos. Os cooperados detinham certa autoridade nesses dias, marcando uma assimetria em torno do conhecimento que se construía de forma situacional e contextual - os dias de produção eram dominados pelo conhecimento sobre o tecido, ao contrário dos dias da reunião geral, quando a palavra prevalecia -, o que nos permite compreender que os saberes que se colocam em diálogo devem ser entendidos em conexão com suas condições de enunciação e de acordo com o contexto. São as diferenças que constituem o ponto de contato e que devem ser tornadas inteligíveis para o diálogo e o trabalho com os outros, que podem ser entendidas como saberes práticos que se entrelaçam com outros saberes na experiência, ou no “enquanto” buscam outros diálogos de conhecimento conceitual.

Talking as input the ethnography carried out for the purpose of writing the thesis, but making the cut that an article demands, I will focus on reconstructing three points that account for aspects related to the communicative dimension, and that are paradigmatic examples of dimensions constitutive of the link between cooperative members and companions, which allow us to notice the institutional traces of the prison and the university in the way of joint work with the intention of noticing how the relationship is articulated, strengthened or made more complex within the framework of the extension experience. Likewise, in the production meetings, the hierarchical knowledge was inverted in relation to the days of the general meeting, and also the role of the subjects. The cooperative members held a certain authority in these days, marking an asymmetry around the knowledge that was built in a situational and contextual way - the days of production prevailed the knowledge around the fabric, unlike the days of general meeting, in which the word prevailed-, which allows us to understand that the knowledge that is put into dialogue must be understood in connection with its conditions of enunciation and according to the context. It is the differences that constitute the point of contact and that must be made intelligible for dialogue and work with others, which can be understood as practical knowledge that is intertwined with other knowledge in experience, or in the "meanwhile" They look for other dialogues of conceptual knowledge.